Disco Doom / Oruã – Esmeralda Analysis

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DISCO DOOM

Disco Doom é liderado pelos guitarristas Anita Rufer e Gabriele De Mario, que vêm trabalhando juntos desde o final dos anos 90 em Zurique, Suiça. Com a ajuda de um rodízio de músicos que complementam a banda, eles exploram os limites de diferentes gêneros, como indie rock, noise e pop experimental. Atualmente, estão trabalhando em um novo disco que será lançado no início de 2021 pela Exploding In Sound Records, gravadora do Brooklyn responsável pelo álbum anterior, “Numerals”, de 2014. A Disco Doom excursiona regularmente pela Europa e pelos Estados Unidos e tocou também por diversas vezes em turnês com bandas como Built to Spill e The Breeders.

SOBRE O SPLIT

Anita e Gabriele: “Nós estamos numa posição privilegiada de sempre poder encontrar pessoas de outras culturas, trocar e compartilhar experiências. Isso faz com que a gente perceba cada vez mais como somos próximos a eles. Oruã compartilha com a gente o amor pela música indie, experimentação, colagens…É muito fácil ficar fascinado com o que eles fazem. Uma voz inconfundível e um ritmo… que nos deixam dentro de uma distorção do espaço/tempo.”

ORUÃ

“Oruã é filho do centro do Rio de Janeiro, nasceu à noite e frequenta os bailes pela madrugada. Free jazz de pobre. Kraut de vagabundo. Sem neurose.” Tocam na Baixada Fluminense e nos Estados Unidos, não viajam a turismo e nunca fizeram intercâmbio. Mais um projeto do prolífico Lê Almeida, “the Brazilian answer to Robert Pollard”, de acordo com o The Guardian.

Cru e sofisticado, de tonalidade ocre, o som do Oruã não se encaixa na paleta de cores artificiais de uma onda neo-psicodélica cada vez mais dependente de investimentos em pedais e efeitos. Com afrobeat, Clube da Esquina, alguns clássicos da Matador Records, riffs setentistas, amuletos, space cookies e um gravador de fita cassete na bagagem, o conjunto embarcou numa viagem sem volta para fora da curva. Lê, João Casaes e demais comparsas estão com sangue nos olhos, mas mantêm a serenidade de quem nunca precisou de dinheiro para dar vazão à sua arte.

Para fãs de: Stereolab, Black Sabbath, BadBadNotGood, Milton Nascimento, CAN, Thee Oh Sees, JB de Carvalho, Ty Segall, Sun Ra, Pavement, Sonic Youth, Tortoise, Boogarins and Yo La Tengo.

SOBRE O SPLIT

Lê Almeida: “Eu não poderia esperar algo mais estando numa tour pela Europa tocando bateria no Built to Spill e tocando também com o Oruã, porém no meio da tour que tinha duas bandas abrindo todos os shows mudou uma das bandas e apareceu o Disco Doom, lembro que foi em Berlim. Eles eram muito discretos, usavam amplificadores enormes e o som foi uma das mais belas surpresas que tive viajando fora do país com o Built to Spill. Depois desse primeiro show, passei a ouvi-los e quando tinha uma brecha mesmo não sabendo inglês tentava me aproximar, foi nessa que descobri que duas das bandas preferidas do Gabriele, o vocalista, também eram duas das minhas bandas mais especiais (Kiss e Guided By Voices).

No último show que o Oruã tocou com o Disco Doom, o Gabriele usava uma camisa nossa e dedicou uma música a nós, ‘Surrender’ uma faixa deles mais antiga que eu havia comentado dias atrás que eu gostava muito e eles disse- ram que não tocavam ela. Essa noite foi especial. Depois de todo o ano de 2019 de tour com o BTS, entrei em contato com o Disco Doom e tocamos o projeto de fazer um split, assim nasceu ‘Esmeralda Destiny Analysis’. Uma singela forma de eternizar uma demonstração de carinho e admiração.

‘Esmeralda Destiny Analysis’ junta duas faixas e une dois mundos muito diferentes, um em Zurich na Suiça e outro no Rio de Janeiro, Brasil.”